Amor…
Todas
as noites procuro conviver com os meus colegas… mas, prefiro ficar sozinho a
pensar nas coisas impossíveis que nunca irão acontecer…
A
“vida sãos dois dias”. Eu procuro aproveitá-la ao máximo, esforço-me por ser
responsável, tento ser feliz, tento amar e ser amado.
Mais
um dia de escola…
Agora
o silêncio é absoluto, apenas o chilrear dos pássaros ocupa o silêncio vazio da
nossa sala, sinto-me cansado, “stressado”. A vida é um caos, cheia de problemas,
mas eu preciso de me distrair, preciso de me sentir livre, voar como as aves que
estão lá fora… e penso nela…
Os
seus lindos caracóis, os seus olhos invadem o meu pensamento. Sinto-me
completamente preso a ela… sinto-me completamente preso às pessoas que amo, à
minha…
Preciso de me libertar, leio um livro de Paulo Coelho “O Zahir”, mergulho na
fantasia do livro, na sua história… e agora, finalmente, sinto-me bem.
Durante o dia, nem com o ruído normal de mais um dia de aulas, consigo esquecer,
mas… apetece-me ser feliz…
A sua
cara aparece na minha mente, o meu coração bate bem forte… Isto tem de ser AMOR.
Saulo Lopes (8ºE)
25 de
Abril de 1974
Para quem
como eu, não viveu o período da Revolução do 25 de Abril de 1974 e só mais tarde
começou a ter noção do que se passou, pelos relatos dos mais velhos, considero
que o 25 de Abril é a data histórica mais importante do século XX em Portugal.
O Movimento
das Forças Armadas (MFA) tinha apresentado como objectivos os três “D`s”:
descolonizar, democratizar e desenvolver. Trinta anos depois pode dizer-se que
os dois primeiros “D`s” foram alcançados, mas, no que toca ao terceiro, muitas
vozes de descontentamento se levantam.
Em termos de
educação, vemos hoje que qualquer pessoa pode frequentar um curso universitário,
coisa impensável há trinta anos. É ainda na universidade que temos uma outra
prova de mudança na sociedade, pois antigamente, não era bem visto o facto das
mulheres frequentarem a universidade. Hoje são elas a maioria.
Há cerca de
trinta anos, não havia água canalizada em metade dos lares portugueses e mais de
um terço não tinha electricidade.
O
desenvolvimento dos cuidados de saúde, o aumento do número de centros de saúde e
de médicos, proporcionou um decréscimo da mortalidade infantil e o aumento em
dez anos da esperança média de vida. Apesar de tudo, há que admitir que há cada
vez menos nascimentos e as infra-estruturas de saúde deixam muito a desejar.
A falta de
emprego é uma das grandes preocupações dos jovens e a sombra do desemprego paira
sobre aqueles que trabalham há anos.
A
insatisfação dos portugueses prende-se com aquilo que ficou por fazer, com a
democracia que falta alcançar, com a questão de todos terem direito ao trabalho
e a tratamento médico. A insatisfação dos portugueses está virada para os
políticos de quem se espera que façam mais e melhor. Os portugueses estão
insatisfeitos com a falta de segurança nas ruas, com a corrupção, com a falta de
infra-estruturas que permitam um bom nível de vida duradouro e tudo isto está
bem patente nos altos níveis de abstenção verificados nas eleições dos últimos
anos.
Filipe
José Almeida (7º A)
A poesia da vida
A vida
de uma pessoa pode ser descrita como poesia, cada ano equivale a um verso, cada
rima a um momento especial e a cada mudança de estrofe uma dúvida.
Em
alguns versos vividos ficam para trás os mais importantes para uma pessoa,
especialmente para mim, a infância. Nestes primeiros versos ficaram para trás a
mudança de continente, a mudança de país, o início de uma nova vida. Nesta
altura muitas eram as mudanças de estrofe que ficaram sem resposta. Nesta altura
começaram a surgir os primeiros sonhos – um dia vir a ser médico, bombeiro ou
até professor!
Mas
com o passar dos versos, estes sonhos vão desaparecendo e dando lugar a novos
sonhos, a sonhos mais objectivos.
Fica para trás a saudade de uma bela infância, que é trocada pela entrada na
adolescência. Agora as mudanças de estrofe são bastante diferentes, mais
constantes.
Não
há só mudança de estrofes, começa também a escrever-se um novo tipo de rima.
Começo a dar, neste momento, os primeiros passos para conseguir os meus
objectivos – ser um homem bem sucedido no mundo e feliz.
Isto é a vida em poesia!
Gilfandro
Gama (9º B)