geraçãoCIC

Revista do Colégio Internato dos Carvalhos

16 / 09 / 2024

Número 7 .

Nº Disponíveis :

      

90 minutos positivos - O Balanço

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II Audição Musical

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25 de Abril - o começo da liberdade

Que Rumo devemos tomar

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Entrevista com...

Editorial

Conceição Coelho "Caminhar é o segredo...."

ExpoCIC - Abertura

ExpoCIC - CICMUN

ExpoCIC - "A vida é um dom que nos é dado"

ExpoCIC - Amor: fazer ou não fazer eis a questão

ExpoCIC - Noites de música

ExpoCIC - Corrida contra o tempo...

ExpoCIC - Os mais lindos do CIC e A turma dos ...

ExpoCIC - I Feira de Informação

ExpoCIC - I have a dream

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Entrevista com Luís Filipe Meneses

Amizade

ExpoCIC - o que pensam sobre ela?

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Ficha Técnica

   

  ExpoCIC - "A vida é um dom que nos é dado"
    

"A vida é um dom que nos é dado"

  

No âmbito do CICMUN, a conferência que juntou alunos de sete escolas diferentes no primeiro dia da EXPOCIC para resolução e debate de dois temas, a saber, China/Taiwan e Eutanásia, Padre José Maia, Presidente da Direcção do Colégio e membro da Igreja Católica Portuguesa deixou algumas considerações sobre o sempre polémico e delicado tema que é a eutanásia. De uma forma simples e em poucas palavras, defende o direito de viver como “uma qualidade e um dom que nos é dado”.
  

“A igreja não é contra” afirmou quando a geraçãoCIC lhe perguntou qual a posição dos religiosos acerca deste tema polémico, no entanto logo de seguida sublinhou  que tudo aquilo “que atentar contra a vida, a igreja não pode aprovar”.

Quando confrontado com a questão de cada um ser dono da sua vida protestou: “nós não somos donos da vida, somos gestores”, e justificou ao lembrar que também não se é “autor da vida”.

Sobre o direito que cada um exerce sobre a sua própria vida simplesmente argumentou que seria suposto “alguém dever ter direito de pôr fim a um sofrimento, a uma vida sem sentido” mas alertou de imediato que este princípio levado por outros caminhos, seria prejudicial, pois “podíamos ser tentados a eliminar pessoas”, como referiu.

“Sim... ou seja, a fé é uma atitude, é também um dom, dom de acreditar”, respondeu quando abordado sobre o se no prolongamento do sofrimento é possível acreditar em milagres.

À evidente e não escondida hesitação acabou por acrescentar (obviamente puxando “a brasa à sua sardinha” como se diz entre o povo), que “muitas vezes dizemos que é um milagre, uma coisa que não é, e a igreja, normalmente - e aqui curiosamente -, é sempre a ultima a declarar o milagre”.

Lançado o repto, aproveitou para enaltecer o discurso com casos extraordinários de experiência própria como, segundo o orador, “pessoas que estão a morrer e recebem a visita de um sacerdote e parece que abrem os olhos e ainda têm um suplemento de energia”. Para justificar e terminar em poesia acabou por rematar que o coração “tem razões que a razão desconhece”.

Confrontado com a natural dúvida de a Fé poder curar alguém em sofrimento há muitos anos, só pela força da crença,  no caso específico o de alguém que já não encontra capacidade para viver em lugar algum, encontrando-se assim no meio que separa a vida da morte, contou haver casos em que  “pessoas com uma vivência religiosa normalmente têm uma melhor tolerância da dor” e, para quem mantenha a descrença, acrescentou “está provado, mas, - continuou -, a Fé não vai alterar o quadro clínico da pessoa, o que pode é alterar a reacção psicológica da pessoa”.

A conversa continuava animada e o Padre Maia acabou por desenvolver o discurso definindo a eutanásia como “desligar uma máquina, ou seja, aquela vida deixa de ser prolongada artificialmente” e, quando encarado o cenário de as pessoas quererem viver uma vida natural sem “ir a prolongamento”, assim respondeu: “acho que esta é a questão que está no centro do debate, e que é colhida como uma questão a reflectir”.

O padre e presidente da Direcção do CIC considera que o problema desta questão que levantou tanta poeira em tempo de chuva reside em entender que “a vida ligada a uma máquina já não é vida”.

Em jeito de conclusão declarou que a Igreja “defende a vida a qualquer preço” e porque pode esse “preço” ser tão alto como o sofrimento e a dor dos que já viveram as piores desventuras, acaba por afirmar, que mesmo assim a Igreja “não é dona da verdade”.

Feitas as contas resta saber qual a diferença entre a opinião da Igreja e do mundo em geral.

 

  

Aleksandra Monteiro

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