Coube à convidada Marisalva Fevéro
e à psicóloga Paula Campos a difícil tarefa de “entrar” na mente dos
adolescentes, de perceber os seus sentimentos e os seus conhecimentos a nível
sexual.
Num mundo onde os amigos e os
media dão explicações diferentes para o envolvimento sexual e para o amor, é
necessário o esclarecimento.
Os aspectos focados foram o
desejo sexual, o enamoramento, a atracção física e os factores apontados
definidos por biológicos, culturais e pessoais.
Entre os vários assuntos
debateram-se várias “teses” acerca do quarto de cada adolescente, definido
como templo ou como caverna da “bagunça” e da escuridão.
Falou-se dos instintos
programados, do aborto e sobre as questões religiosas e morais que
traz agregadas, da orientação sexual de cada um (heterosexual,
homosexual e bisexual) e das práticas sexuais sem riscos, psicológicos ou físicos.
Definiu-se “atraente” para
ambos os sexos e “desmascararam-se” teorias entre elas as várias sobre a
masturbação.
Sobre o enamoramento tiraram-se
conclusões que vieram reformular a maioria dos conceitos sobre “aquele”
sentimento... o amor. Por exemplo o significado de entrega, posse ou mesmo
acerca da pessoa concreta, única e insubstituível.
Acerca da consumação na
intimidade, das fantasias e do autoconhecimento atestaram-se os velhos ideais
românticos.
As conclusões traduziram-se por
uma “mala” para o futuro, uma mala de conhecimentos, sentimentos e,
provavelmente, novos conceitos de como viver a sexualidade nesta fase tão
atribulada a que chamam de adolescência.
Citações:
“Quando chegamos aos 45/50 anos
queremos trocar o nosso companheiro por dois de 25” - Paula Campos
“...a fazer sexo consegue-se
manipular tudo. Na vida de um casal não é assim” - Paula Campos
“A paixão é mais intensa mas
dura menos tempo, enquanto o amor é menos intenso mas dura mais tempo” -
Paula Campos